terça-feira, 14 de setembro de 2010

Açúcar encalha nos portos e atrapalha exportações

A exportação recorde de açúcar pelo porto de Santos, no litoral paulista, o maior do país, causou um estrangulamento das operações em terra e no mar. Os caminhões do interior carregados com açúcar em sacos ou a granel (solto na caçamba) demoram pelo menos o triplo do que deveriam para descarregar suas cargas nos navios.

Os caminhões deveriam fazer a operação toda em três a quatro horas, mas chegam a bater em 12 horas ou até 36 horas em casos extremos.

O resultado foi uma fila de 116 navios ancorados em frente às praias de Santos, segundo a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), estatal que administra o terminal.

Navios parados por ali fazem parte da paisagem, mas não nessa grandeza. O normal seriam 10 a 15 embarcações. Até das praias da vizinha cidade do Guarujá, era possível ver o congestionamento de navios, o que é mais raro.

O prejuízo de um navio parado é grande. Por dia, o custo vai de US$ 20 mil (navios para transporte de açúcar em sacos) até US$ 90 mil, nas grandes embarcações que levam o produto a granel, estima José Roque, presidente do sindicato das agências de navegação (Sindamar), que representam os donos dos navios.

No ano passado, foram exportados por Santos 16,9 milhões de toneladas de açúcar. A estimativa para este ano é de 21,5 milhões, um aumento de 27%.

Com previsão de desembarcar mais toneladas este ano do que no ano passado no Porto de Santos, e com previsão de embarque para exportação somente em setembro, o diretor comercial da empresa Açúcar Guarani, Paulo José Mendes Passos, acredita que por conta desse gargalo os fretes subiram 15% nos últimos meses.


Fonte: Logísticadescomplicada e poder naval.

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2 comentários:

  1. Fica claro a necessidade de investimento em melhorias na logistica do país e em novos terminais destinados á exportação de açucar. Como pode, profissionais da área não preverem uma situação dessas com o declinio dos preços do açucar?!!

    Cleber E. S. Freitas (CN2K)

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  2. Realmente a falta de logística e infra estrutura eficientes nos portos e inclusive aeroportos, aumentam em 35% o custo das transações comerciais de importação e exportação no Brasil, isso é um fator que impacta negativamente na busca de novos parceiros comerciais, então é necessária habilidade profissional para contornar os entraves burocráticos.
    Por outro lado, este problema de falta de infra estrutura de transporte acontece em vários outros países da América Latina e a Alemanha fica a frente do mercado com a melhor estrutura aeroportuária e também com o melhor sistema alfandegário.

    Carla Menisck Rodrigues CN2K

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