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Brasil só aceita reabertura de negociações se os EUA recuarem quanto às leis de incentivo ao plantio de algodão
O gabinete da representação comercial dos EUA disse que não esperava a retaliação do governo brasileiro. "Trabalhamos para chegar a uma solução para o problema sem que o Brasil precisasse recorrer a medidas contrárias e ainda preferimos uma negociação", declarou o órgão. O Conselho Nacional do Algodão norte-americano acredita que o Brasil errou ao contrariar a tradição histórica de primar pelas negociações. "As ações do governo brasileiro estão impondo um dano injustificável aos interesses do Brasil e dos EUA, em tempos que todos enfrentam problemas econômicos", lamenta a associação.
O analista Jon Huenemann, do escritório de advocacia Miller & Chevalier, acha que existe uma saída a essa situação, mas ela vai requerer muito jogo de cintura por causa dos efeitos políticos envolvidos na decisão. "A única maneira de isso não virar um acidente é se algo realmente significativo seja oferecido ao Brasil", afirmou Huenemann.
Uma das soluções enxergadas por oficiais do Brasil é a transferência de tecnologia dos EUA na produção do algodão a fazendeiros nacionais. De qualquer jeito, o fim das conversas, para os brasileiros, deve passar necessariamente por uma mudança relativa ao algodão norte-americano.
O problema é que mexer nas políticas de auxílio à produção precisariam de mudanças na leis agrícolas e poderia ser bem difícil uma aprovação do Congresso norte-americano a novos projetos, já que os EUA são os maiores exportadores de algodão.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) permitiu o aumento das tarifas - que podem chegar até 560 milhões de dólares -, dando a vitória ao Brasil no ano passado, no processo relativo aos subsídios dos EUA a fazendeiros produtores de algodão. O Brasil anunciou nesta segunda-feira uma lista de 102 produtos americanos que pagarão Imposto de Importação maior. Outras retaliações permitidas são sobre a propriedade intelectual norte-americana.
FONTE: REVISTA EXAME.
Reportagens referentes ao Comércio Exterior que os colegas mandaram e estou postando aqui no blog. Obrigado colegas!
abraço à todos.
Marcus Andrioli
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